domingo, 4 de novembro de 2012



Desejos tão densos
Talvez intensos
Demais para realizar.
Resta sonhar...

Uma gota de tinta
Não é o bastante!
Pare e sinta
Essa dor latejante!

Perdoe-me, imploro!
Não resisto, choro
Por ver-te sofrer!
É tão simples morrer!

O que vê
Além de imperfeições,
Lágrimas, destruições?
No que crê?

Perdoe-me!
Nada me resta!
Esqueça-me!
Nada mais presta!
 
Liberte-se!
Viva intensamente!
Transforme-se!
Mude inteiramente!

Por favor, perdoe-me!
A mancha da alma,
Tão doce e calma,
Destrói! Esqueça-me!

Viva intensamente... 
Longe...
Inteiramente...
Longe!

(By: Nicole Teixeira de Oliveira)




quinta-feira, 21 de junho de 2012

Poemas: Por favor, não vá!



Por favor, fique!
Não posso suportar
Mais um despertar
Só! Apenas fique.

Sua voz, meu acalanto
Doce, delicado encanto
Permite-me sonhar,
Sentir, suspirar.

Lembranças não bastam,
Mas meu pobre coração
Lentamente devastam,
Sem pena, sem emoção.

Por favor, fique!
Não me deixe neste mundo
Frio, cruel, imundo!
Não explique, apenas fique!

Tome minha juventude,
Toda a vida que me resta,
Leve-a, junto com qualquer virtude,
Dom, qualidade diversa!

Mas use-a, alimente-se!
Faça dela vitalidade!
Fortifique-se!
E, assim, fique mais uma eternidade!

Não me abandone!
Preciso de sua presença!
Minha única esperança
Em uma noite gelada, insone!

Por favor, ouça minha súplica,
Lamento silencioso,
Apenas uma lágrima, única,
Capaz de carregar meu terror doloroso.

Imploro!
Leve minha música, meu canto,
Deixe-me no silêncio de meu pranto!
Choro!

Não destrua meu ser!
Sua brutal ausência
Faz-me sofrer, morrer ao viver,
Perdida em demência!

Livre-me da dor
Carregue-me para onde for!
Não posso dizer adeus!
Viver sem os olhos seus!

Por favor fique!
Só mais um segundo,
Pungente, profundo!
Apenas fique!

(By: Nicole Teixeira de Oliveira)


   

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Poemas:Canto de Adeus


Imploro, fique um momento
Meu único alimento,
É sua doce presença.
Dá-me esperança.

Já faz muito tempo
Que vivo nesse tormento.
Escuridão, medo profundo,
Afasta-me do mundo.

A pequena chama de uma vela
Jamais iluminará minha cela.
Porém, brilhará o bastante.
Para cegar-me, será suficiente.

Ilumina-me, apenas um instante,
Antes da escuridão sem fim.
Sombras eternas, dor incessante.
Ainda terei sua melodia dentro de mim.

O som da sua voz,
Guia-me, tão veloz,
Por entre os espinhos,
Mostra-me o caminho.

Não posso me despedir.
Sem seu calor,
Não posso sorrir.
Morro, congelada em minha dor.

Sem sua melodia,
Perco-me à cada dia.
Confinada eternamente
Entre os espinhos de minha mente.

Posso suportar a escuridão,
Mas viver em silencio,
Seria meu maior sacrifício.
Destruiria meu coração.

A busca pela completa harmonia,
Mais bela cadência,
Minha mais perfeita sinfonia,
Jamais revelará sua essência.

Nunca será terminada
Minha sonhada obra-prima.
Ficará delicadamente guardada
Em minha última lágrima.

Suave, silencioso pranto,
Em minha despedida, eu canto,
Palavras jamais ditas, proibidas,
Há muito tempo perdidas.

Encontro minha paz,
Finalmente, posso ver a luz,
Lentamente me seduz.
Minha alma, em melodias, se desfaz.

Minha ausência,
Apaga as memórias de minha existência,
Deixa o amargurado som do silêncio,
De meu ser, nem um resquício.

Pelo delicado som do vento
Sou levada, libertada,
De meu eterno confinamento.
Obra-prima finalmente terminada.
(By: Nicole Teixeira Oliveira)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Poemas:Estrela


Cada parte de mim,
Se perde lentamente.
Será apenas temor sem fim?
Estarei eu perdida, demente?

Cada memória
Guardada,
Cada história,
Lacrada,
Em meu coração.

Jamais esquecerei
Tudo que senti,
Tudo que vivi,
Tudo que desejei.

Desculpe-me por não ser
Seu tesouro mais perfeito.
Sinto tanto que tenha que sofrer,
Por um pobre espírito malfeito.

Lembranças congeladas,
Estarão sempre protegidas.
Em meus sonhos serão revividas,
E, assim, jamais esquecidas.

Devo adormecer
E, desse modo, esquecer
Tudo que me faz sofrer
Neste sonho permanecer.

A chave de meu Paraíso
Nunca será encontrada,
Está perdida em um sorriso,
Em uma palavra não pronunciada.

Para onde vão os desejos
Que nunca se realizaram?
Seriam eles os lampejos,
De estrelas que já se apagaram?

Desejo ardente,
De estar ao seu lado.
Seria a liberdade, finalmente,
Para meu ser amargurado.

Fique comigo,
Em meu último momento.
Amado, seja meu amigo,
Termine com meu tormento.

Sua doce presença,
Foi minha única esperança,
Tudo que busquei,
Tudo que desejei.

Meus não realizados desejos,
São como os lampejos,
De pobres estrelas apagadas,
Raramente relembradas.

Guarde minha estrela no céu,
Como um belo troféu,
De sua tão esperada vitória,
Sobre minha dolorosa alegria.

Lembre-se apenas
De minhas palavras ternas.
Palavras nunca ditas,
Na eternidade escritas.

Um olhar,
Para sempre perdido,
Em uma estrela à brilhar.
Distante, esquecido.

(By: Nicole Teixeira de Oliveira)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Poemas: Amor Imaginário


Sim, sinto sua falta,
Embora nunca o tenha conhecido,
Esse sentimento foi construído,
Guardado, na torre mais alta.

O amor que sempre sonhei,
Aquele que secretamente desejei,
Despedaça-me em mil pedaços,
Faz-me desaparecer, sem deixar traços.

Jamais serei,
Tudo que almejei.
Afinal,o suficiente,
Não é o bastante.

Meu reflexo é, somente,
Uma imagem distorcida,
Pensamento suicida,
Em minha mente inocente.

Mão que acaricia gentilmente,
é a mesma que fere violentamente,
Meu frágil corpo mortal,
Triste realidade acidental.

Melodias simples, cheias de emoção
Não serão o bastante para aliviar,
Meu pobre e sem esperança coração.
Devo, apenas, em meio à lagrimas, esperar.

Estrela cadente,
Alegra meu céu noturno,
Tão obscuro, soturno,
Com seu brilho luminescente.

Relembre-me como é a luz,
Que, com beleza, seduz.
Força-me, por um segundo,à olhar,
Sua beleza reluzente, irá me cegar.

Condenada à escuridão eterna,
Perdida, sem o brilho de seu olhar,
Melancolia, tristeza tão terna,
Mata-me, ao me confortar.

Na mais profunda sombra,
Ainda posso escutar o som de sua voz.
Imploro, desesperada, feroz,
Cante para mim,
Enquanto vida ainda me sobra.

Sua voz não mostrará o caminho,
Para um mundo tão sozinho.
Guia-me, para além da dor,
Onde estarei ao se lado, meu amor.

Finalmente irei encontrar,
Aquele que irá me salvar,
Do sofrimento que provoquei,
Aquele amado, que, eu mesma, criei...
(By: Nicole Teixeira de Oliveira)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poemas: Para onde vou?


Grades de ouro
Mantém-me distante
De meu tesouro,
Solidão angustiante.

Um último presente,
Uma flor bela, colorida,
Não acabará com a dor crescente
De nossa despedida.

Um ato de amor,
Tão sutil, ínfimo,
Pode compor
Meu verso mais íntimo.

Sinto sua presença
Em cada melodia,
Revê-lo, triste esperança,
Suaviza minha melancolia.

Nada mais me resta
Além de esperar
Pela luz que irá atravessar
De meu coração, pequena fresta.

Para onde vão versos apagados?
Pobres sonhos devastados?
Para onde vão memórias esquecidas?
Pobres vidas perdidas?

Último suspiro, cheio de doçura
Levou todo carinho, ternura
Daquele que mais amei,
Porém, nunca valorizei.

Agora, sentada à sombra
Do túmulo mais alto,
Sinto, em um sobressalto,
O frio, a penumbra.

A lenta e dolorosa morte
É tão reconfortante,
Meu sofrimento, terminado,
Nos braços de meu perdido amado.
(By: Nicole Teixeira de Oliveira)

sábado, 29 de outubro de 2011

Poemas:Morte e Liberdade





A busca pelo paraíso
Termina finalmente.
Em seu último sorriso,
Se dispede alegremente.


Suas palavras delicadas,
Antes carregadas de amor,
Refletem toda a dor,
De sua alma angustiada.


Frases de carinho nunca ditas,
Em seu túmulo serão escritas.
Embora elas nunca serão lidas,
Por aquela à quem são dirigidas.


Sonhos nunca realizados
No vento são dispersos.
Sentimentos nunca revelados,
Em seus esquecidos versos.


Lágrimas de arrependimento
São lentamente reveladas,
Nos olhos cheios de tormento,
De quem a manteve despedaçada.


Estava só, abandonada.
A última batida de seu coração
Foi desperdiçada.
Seu último murmúrio, em vão.


Ninguém para segurar sua mão,
Acalmá-la em sua aflição.
Ninguém para se despedir,
Impedí-la de partir.


Contando os segundos,
Para o fim, demente,
Pois não será suficiente
Para dizer adeus ao mundo.


Carta interminada,
Melodia inacabada,
Lembrança esquecida,
De uma vida destruída.


Sem desejos de condolência,
Perdida em sua consciência,
Busca pela sanidade,
Anseia pela liberdade.


Tragédia vivida intensamente,
Vida transformada em sacrifício,
Desespero vitalício,
A destruía vagarosamente.


Porém, finalmente é terminado.
Seu terror, medo alucinado.
É o fim de sua devastação,
Junto ao pulsar de seu coração.


Sua alma encontra liberdade,
Em meio à insanidade.
Seu corpo repousa para sempre,
Sua alma, incessante, agora é livre.

(By: Nicole Teixeira de Oliveira)