sábado, 13 de agosto de 2011

Poemas: Fenix




Intenso sangue escarlate
Mancha a neve pura
Noite dolorosa, escura
Vida perdida em mortal embate.


Agora estou vivo e amado
O pulsar de meu coração
Na morte foi encontrado,
A dor foi sua ressurreição.


Assim existo eternamente
Basta matar-me dolorosamente
E de minhas cinzas tornarei real
Minha lânguida alma imortal.


Sinto falta do passado
Da inocência perdida
Simplesmente destruída
Sem pecado.


Enquanto ainda me matar
Não poderei me libertar
Pois meu ser irá voltar
Para este mundo de pesar.


Deixe-me só morrer
Sem dor, sem sofrer.
Então poderei partir
Sem jamais ressurgir.


Deixe-me findar
Guarde as lembranças
De sonhos e esperanças
E tesouros que tentei encontrar.


Guarde na memória
Minha paixão, minha dor
Lembre-se da triste história
De nosso amor.


Jamais esquecerei
A dor pela qual passei
A dor que fez-me renascer
E ao seu lado permanescer.


Obrigada pelo sofrimento
Que trouxe meu renascimento
Mas agora hei de partir
Pois, por fim, posso sorrir.

(By: Nicole Teixeira de Oliveira)

sábado, 6 de agosto de 2011

Poemas:A busca




Sonhos tempestuosos
Caminhos tortuosos
Confundem minha mente
Perdida, demente.


Não aguento mais viver
Em um conto de fadas
Preciso real ser
Num mundo sem ciladas.


Lágrimas de sangue
Dor imortal
Vida se estingue
Em um golpe fatal.


Faça-me amar
E assim me libertar
Das garras do mal
Desse mundo imoral


Não permita-me afogar
Neste mar de pesadelos
De almas à vagar
Em busca de verdades, consolos.


Sem palavras para expressar
A dor de esperar
Por alguém inexistente
Um sentimento ausente.


Perdida em loucura
A busca por cura
Interrompida pelo medo
De um amor alucinado.


Meu triste destino
Há de se consumar
Um pobre coração insano
Não há de se salvar.


Mas a esperança inesgotável
Vencerá a lástima insuperável
A pobre alma para longe irá voar
E, finalmente, sua sanidade encontrar.

(By: Nicole Teixeira de Oliveira)