segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Poemas: Amor Imaginário


Sim, sinto sua falta,
Embora nunca o tenha conhecido,
Esse sentimento foi construído,
Guardado, na torre mais alta.

O amor que sempre sonhei,
Aquele que secretamente desejei,
Despedaça-me em mil pedaços,
Faz-me desaparecer, sem deixar traços.

Jamais serei,
Tudo que almejei.
Afinal,o suficiente,
Não é o bastante.

Meu reflexo é, somente,
Uma imagem distorcida,
Pensamento suicida,
Em minha mente inocente.

Mão que acaricia gentilmente,
é a mesma que fere violentamente,
Meu frágil corpo mortal,
Triste realidade acidental.

Melodias simples, cheias de emoção
Não serão o bastante para aliviar,
Meu pobre e sem esperança coração.
Devo, apenas, em meio à lagrimas, esperar.

Estrela cadente,
Alegra meu céu noturno,
Tão obscuro, soturno,
Com seu brilho luminescente.

Relembre-me como é a luz,
Que, com beleza, seduz.
Força-me, por um segundo,à olhar,
Sua beleza reluzente, irá me cegar.

Condenada à escuridão eterna,
Perdida, sem o brilho de seu olhar,
Melancolia, tristeza tão terna,
Mata-me, ao me confortar.

Na mais profunda sombra,
Ainda posso escutar o som de sua voz.
Imploro, desesperada, feroz,
Cante para mim,
Enquanto vida ainda me sobra.

Sua voz não mostrará o caminho,
Para um mundo tão sozinho.
Guia-me, para além da dor,
Onde estarei ao se lado, meu amor.

Finalmente irei encontrar,
Aquele que irá me salvar,
Do sofrimento que provoquei,
Aquele amado, que, eu mesma, criei...
(By: Nicole Teixeira de Oliveira)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poemas: Para onde vou?


Grades de ouro
Mantém-me distante
De meu tesouro,
Solidão angustiante.

Um último presente,
Uma flor bela, colorida,
Não acabará com a dor crescente
De nossa despedida.

Um ato de amor,
Tão sutil, ínfimo,
Pode compor
Meu verso mais íntimo.

Sinto sua presença
Em cada melodia,
Revê-lo, triste esperança,
Suaviza minha melancolia.

Nada mais me resta
Além de esperar
Pela luz que irá atravessar
De meu coração, pequena fresta.

Para onde vão versos apagados?
Pobres sonhos devastados?
Para onde vão memórias esquecidas?
Pobres vidas perdidas?

Último suspiro, cheio de doçura
Levou todo carinho, ternura
Daquele que mais amei,
Porém, nunca valorizei.

Agora, sentada à sombra
Do túmulo mais alto,
Sinto, em um sobressalto,
O frio, a penumbra.

A lenta e dolorosa morte
É tão reconfortante,
Meu sofrimento, terminado,
Nos braços de meu perdido amado.
(By: Nicole Teixeira de Oliveira)