quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poemas: Para onde vou?


Grades de ouro
Mantém-me distante
De meu tesouro,
Solidão angustiante.

Um último presente,
Uma flor bela, colorida,
Não acabará com a dor crescente
De nossa despedida.

Um ato de amor,
Tão sutil, ínfimo,
Pode compor
Meu verso mais íntimo.

Sinto sua presença
Em cada melodia,
Revê-lo, triste esperança,
Suaviza minha melancolia.

Nada mais me resta
Além de esperar
Pela luz que irá atravessar
De meu coração, pequena fresta.

Para onde vão versos apagados?
Pobres sonhos devastados?
Para onde vão memórias esquecidas?
Pobres vidas perdidas?

Último suspiro, cheio de doçura
Levou todo carinho, ternura
Daquele que mais amei,
Porém, nunca valorizei.

Agora, sentada à sombra
Do túmulo mais alto,
Sinto, em um sobressalto,
O frio, a penumbra.

A lenta e dolorosa morte
É tão reconfortante,
Meu sofrimento, terminado,
Nos braços de meu perdido amado.
(By: Nicole Teixeira de Oliveira)

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