domingo, 11 de setembro de 2011

Poemas: Adeus





Sorriso aberto,
Medo recoberto.
Não posso fugir,
Terei que desistir.


Tudo que desejei e fiz,
Sonhos realizados
Escritos á giz,
Pela chuva apagados.


Não posso evitar
Irei definhar.
Forças esgotadas,
Vidas eliminadas.


Rapidamente o tempo passa.
E, à cada fim de tarde fria
Está mais próximo o dia
De minha morte devassa.


A chave da imortalidade
Está no fundo de meu coração
Encontrá-la seria uma fatalidade
Pois seria minha destruição.


Porém, não fique preocupado.
Para nunca perdê-lo, meu amado
Meu coração será despedaçado,
E, com a chave, será presenteado.


Pobre de mim
Minha alma será abandonada
Pela dor desfigurada,
Esperando pelo fim.


Mil e uma ideias apagadas
Lembranças esquecidas,
Dores e alucinações destruídas
Alegrias, como a vida, consumidas.


Jamais serei recordada,
Meus retratos, rasgados,
Pelo vento serão levados.
Toda imagem, memória, devastada.


Ninguém irá evocar
Uma vítima da crueldade
Pesadamente à vagar
Em busca de identidade.


Resta-me esvaecer
Lentamente perder
O que resta de minha sanidade.
Fazer parte da imaterialidade.


Deixe-me viver intensamente.
Morrer lenta e dolorosamente,
Para sentir, à cada segundo
Este sentimento denso e profundo.


Assim poderei aproveitar
Tudo que me resta para viver.
E quando minha hora chegar
Poderei, somente, Adeus dizer.

(By: Nicole Teixeira de Oliveira)

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